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Mostrando postagens de novembro, 2010
   Você me fez viver um câncer… Quando, me diga quando, o meu amor se tornou um câncer ?? You left me with no answer…    Onde está seu amor desmedido, que não posso vê-lo ? Não posso enxergar no escuro, desculpe-me se frustrei suas expectativas… Não o esconda de mim, não, nunca, jamais, tape meus olhos.    Já nem sei qual meu idioma, não me lembro como se respira. Não reconheço meu rosto. Quanto disto é culpa sua ?    Você está sempre se virando para ir embora, e passando por mim como se eu não existisse, você não consegue enxergar na luz ? Ah, que aflição mais supérflua, claro, não te vejo mais. Enxergo sua face, seu vulto, seu tudo, noutros corpos. Pobres outros corpos, medíocres, simples e simploriamente outros corpos, nada mais.    Será que você existiu, algum dia, ou eu inventei, sozinha, todo este drama ? caso sim, chamo-o então, melodrama. Meu fantasma, minha árvore de melodramas… E eu sempre preferi limoeiros, e ninguém nunca me perguntou.
Que sou eu ?  - Árido chão. Sou terra seca, vazia, estéril, improdutiva. Eu sou meu ulo de aflição, tão fácil e tão vão… Ah, quanta falta me faz, o brilho que a água me traz… Senti-la correndo em mim, fazendo em mim seu jardim, Como parte do que sou, como um pássaro em seu vôo. Ah, chuva, pode entender nesta simplória metáfora, o que faz quem é você ? Minhas mal feitas palavras só fazem querer dizer Te necesito, oh, mi gran querer… Besoin de votre mer !

She - Elvis Costello

"> She May be the face I can't forget. A trace of pleasure or regret May be my treasure or the price I have to pay. She may be the song that summer sings. May be the chill that autumn brings. May be a hundred different things Within the measure of a day. She May be the beauty or the beast. May be the famine or the feast. May turn each day into a heaven or a hell. She may be the mirror of my dreams. A smile reflected in a stream She may not be what she may seem Inside her shell She who always seems so happy in a crowd. Whose eyes can be so private and so proud No one's allowed to see them when they cry. She may be the love that cannot hope to last May come to me from shadows of the past. That I'll remember till the day I die She May be the reason I survive The why and wherefore I'm alive The one I'll care for through the rough and ready years Me I'll take her laughter and her tears And make them all my souvenirs For w
Espectros aterram-se, moribundos, Nunca dantes tão mortos como agora. Almas dolentes do seco oriundo Das pátrias em pó, dos restos de tora. Sobejam hoje retumbos dos brados, Sobeja a carestia das lembranças, Resta uma nação de povo acanhado, De punho cerrado e de pouca herança.

A mentira e a verdade, o amor e a piedade..

I invent a home, and a war I invent a memory, and a scar I invent a future, and a past I invent a first, and a last I invent a smile, and a mourning I invent a sunset, and a morning I invent a cloud, and a loadstar I invent a near, and a far I invent a life, and a death I invent a whisper, and a breath I invent a passion, and a deception I invent a lost, and a direction I invent a hope, and a mistake I invent a promise, and a forsake I invent a lie, and a truth I invent a love, and a ruth
   Existe algo crescendo mais e mais, e suscitando fortemente uma áscua em meu peito que eu não mais quero suster. A cada momento terminante, busco um meio de encontrar-me livre, mas livre não me encontro, estou crescendo e este angusto cárcere parece não me acompanhar, e somente estreitar-se e angustiar-me… Os tornozelos expostos ao céu, clamo por piedade.    Vão-se vozes ! tormentos obsoletos.    Levem-me de volta para quando o céu era tomado pelo arrebol, e nuvens pesadas não haviam para esconder o sol. Levem as lembranças e os sonhos, não quero mais mágoas, nem vidas, não quero mais querer e não querer…    Velados os meus sorrisos, meus livros, meus suspiros enamorados da Primavera, ninguém jamais poderia tê-los tomado de mim… Não sei mais quem agora sou. Não sei mais quem agora subsiste em mim.
You won’t be the one who takes my hand, Please, don’t think I’m writing to complain, I know, I know, that I can’t. You may never understand The way I feel, or who I am. I used to feel you near, To feel you almost here, I’ve been feeling you close, I’ve been feeling you’re gone, I have been feeling… So small Your name is not here, I drawl Your name inside of me, I pall All my desire of dreams,  I fall
Um príncipe solitário, perdido, não há cavalos brancos por perto… Teus lábios brandos, ele cuidaria com esmero – um príncipe imaginário. Tanta fragilidade, mas nada parece machucá-lo, tanta hostilidade, mas nada parece incomodá-lo. O amor dele a ti pertenceria, e do teu ele iria cuidar, se o amor deixasse escolher a quem amar… Finalmente, eles se escolheriam e juntos veriam o amanhecer. Ou então se poupariam, Havendo onde se esconder. [19/11/20 09 ]
Bem ou mal, quis entender como o sol brilha ao nascer, quis saber como é, viver, quis parar de se esconder. Bem ou mal, sentiu, amou, todos espinhos e rosas. Bem ou mal, partiu, chorou, entendeu por que era tocha. Quis brincar, mas fez arder, quis gostar de ser de alguém. Não se brinca de querer… Ah, que mal querer tão bem ! (Mal há em não ter ninguém, mal há em meu querer bem, mal há em meu viver sem, mal há em ser eu também…) Queria, tanto queria, queria, porém, não tinha. Se tinha, custava ver, tinha e queria não ter.

Dor

   Ainda dói, porém só quando eu penso demais a respeito. E eu evito.    Quando foi a última vez em que lágrimas pungiram minha face rubra e absintaram meu palato ? Dói viver sabendo que doer é inevitável – e infindável –, não importa onde se vá.    Mesmo em meus sonhos, não consigo tê-lo. Nem ao menos em meus mais perenes devaneios, ele é meu. E assim como dói e machuca, corrobora. Gratuitamente, me proporciona sorrisos – que disfarço e, egoísta, guardo-os em meu ânimo, para mim e apenas para mim – e, em igual quantidade, lágrimas – as quais, em segredo, nascem e morrem em um grito contido, uma vontade reprimida de correr para me acalentar… Um nó bem apertado em meu peito.    Meus pés fincados a este chão réprobo, que a realidade tão bem conhecida e aflitiva não abandona, fazem de mim um riso, inerte e algente, externo, um manto para sepultar a dor que dói como a mais feroz dor de todas as dores que em mim já doeram… Te avistar partir ao longe.
Come and stay, and stay forever You’re all, nothing else matters I’m afraid to find that you’re not here To see that I’m without you and keep living Is it a lie ? I need you You make me cry, but I like to See, how could I exist without my love ? I’ll be dead when I don’t care anymore Say a word, just a word Even if it’s gonna hurt Honey, I just hate when you’re quiet, But still I love your silence
We love in vain above the hate We fake a laugh to make them cry We love in vain over the fate We tie our hands and go to fight We hide our lies, and still we lie We dispute a tast of blood in scene We stay awake to be ally We are the destined to be demean We left our tears under our skin We don't see us as if we were together We are all naturaly bumpkin We are of the incomplete book, the lost chapter And "we" is just a mask to me…
   Eu sei, estive mentindo, enganando, ocultando… Estive tentando mascarar a realidade, disfarçar o penar, aliviar a dor, por meio de uma doce e bondosa hipocrisia. Espero que você tenha consciência de que meus atos foram puramente altruístas – menti para você, e para nós, em nome da felicidade. Não uma felicidade verdadeira, mas uma felicidade de qualquer modo, e a felicidade mais feliz e completa que poderíamos ter, dadas as circunstâncias.    Não sei dizer se me arrependo. Eu lhe entreguei mentiras e deixei que você acreditasse, e já não sei mais se foi proveitoso e correto nos encarcerar em um universo regido de epifanias e sonhos coloridos, agora que estes foram frustrados e essas tornaram-se paranóias.    O fato de uma mentira ter sido dita com benevolência não muda o fato de que é uma mentira. A princípio, pareceu-me que o melhor a fazer era lhe dar um riso fingido, lhe mostrar falsas alegrias… Contudo, começo a pensar se o preço que agora pagamos por termos ofuscado a verdade e
   Sua e minha definições para uma só palavra: ignorância. Nem você, e muito menos eu, sabemos bem como tratá-la.    A intragável ignorância, para você, é aquela que veste os que falam “pobrema”, que crêem em simpatias, políticos, santos e coisas do gênero. Ignorantes, pobres, pobres coitados.    Ao meu ver, entretanto, ignorância vai além, muito além de status, de classe social, de costumes e crenças. Este tipo de ignorância, aliás, me parece inocente e perdoável – escutei de uma grande pessoa, certa vez, que ouvir um “pobrema” dói muito menos do que ouvir uma ironia inexorável e refinadíssima com um toque de francês. E é verdade.    Há maior mal do que ser ignorante, estando, ao mesmo tempo, repleto de informações ? Falo sobre a pobreza de espírito, não de corpo. Ter dinheiro nunca foi sinônimo de ter boa moral e dignidade, afinal. Ser leigo em alguma ciência hoje, não implica que o será amanhã também, inevitavelmente.    Porém, como livrar-se das enfermidades geradas pela ignorância
   Não sei mais como me sinto, de repente. E chocolate já não tem gosto de nada.    Um fim poderia vir, mesmo que o começo nem tenha sido moldado ? Eu pensei que nós estávamos tão a frente… E de repente, de repente… Nada.    Será que nós dois continuamos sendo apenas um ? Eu te sinto, assim, tão distante de mim. Muito mais distante do que você já está fisicamente. Muito mais…    Eu sentirei sua falta, caso eu tenha forças para partir. Contudo… Não sei, honestamente, se é você, ou o perigo, que me faz ficar. Eu sei que não quero mais, e apenas isto. E sei que não posso mais – nunca pude, aliás.    A perspectiva, o medo, de te encontrar, me faz desejar poder não levantar da cama, simplesmente. E eu podia jurar que daria a vida pra te ver…    Estranho. [23/03/2010]
   I wanna see your smile. It shows me that… Tomorrow always is gonna be another day. It makes me feel your sweetness in my soul. It makes me feel hugged inside.    It hurts to watch you go away. Make me want to make you stay. Make me want to go with you. Make me want to run into you.    Makes me distressed, your absence. I keep on thinking about how you are, if you’re well, if you’re not… I wish I could take care of you. And listen to you. I wish I could stop the time when you open your arms to hold me. I wish I could turn back time, wish I could change it.    It’s not right. I shouldn’t say anything. But I can’t help.    I wanna see your smile... It makes me feel safe.
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Se fosse uma melodia, este sentimento, seria arpejada agilmente em acordes menores, por natureza taciturnos… Ensor, James (1860-1949) – 1891 The Frightful Musicians
Meu afeto fatigado, difuso Junto a este pranto amargado, me iludo. Submerso em dias, momentos defuntos, Nosso amor, nosso acervo desconjunto, Cultiva em mim o que me deixa lábil… Lancinante, funesta, a atroz ausência Conserva, efêmera, a sua presença, Cultiva em mim o que me deixa frágil… Meu fôlego escasseia-se em palavras, Dou-as sabendo que estou a deixá-las, Dou-as esperando que saiba amá-las. Passam os dias, debalde lhe espero, Sonho acordada, debalde lhe quero. Debalde, lhe entrego um amor sincero…

If You Could Only Know - Emilie Autumn

   Neste enleio me faço, mesclando-o à minha carência de ti.    Suponho que amar em segredo seja tão válido quanto amar algo que não existe – seja vão da mesma maneira.    Tenho medo.    Tudo em mim brada meus amores por ti, e em tua direção. Contudo receio que não possas me ouvir. Perturba-me pensar que, talvez, ainda que ouças, imagine que minha poesia – pretensão minha, chamar “poesia” – seja direcionada a outro, ou a ninguém.    E se escutas, e se fores conhecedor da existência do meu amor, posso eu dizer, que isto faz diferença ? Posso eu afirmar e provar a tua existência ?    É que tua doçura a este mundo não pertence. Não consigo imaginar como pôde ser possível encarcerar tua essência neste aljube – o mais primoroso dos corpos, porém ainda material. Disse certa vez, e repito: é como se fosses de um livro, o mais perfeito personagem, com tua alvura e tua serenidade, tua lucidez, teu espírito, teu asseio, o primor de tua existência em suma, jamais poderiam ter sido criados, jamais