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Mostrando postagens de dezembro, 2010

Amanhã Não Se Sabe - Titãs

Como as folhas com o vento Até onde vai dar o firmamento Toda hora enquanto é tempo Vivo aqui este momento Hoje aqui, amanhã não se sabe Vivo agora antes que o dia acabe Este instante nunca é tarde Mal começou, eu já estou com saudades Me abraça, me aceita Me aceita assim, meu amor Me abraça, me beija Me aceita assim, como eu sou E deixa ser o que for Como as ondas com a maré Até onde não vai dar mais pé Este instante tal qual é Vivo aqui e seja o que Deus quiser Hoje, aqui, não importa pra onde vamos Vivo agora, não tenho outros planos É tão fácil viver sonhando E enquanto isso a vida vai passando Me abraça, me aceita Me aceita assim, meu amor Me abraça, me beija Me aceita assim, como eu sou E deixa ser o que for
Could I arrest the wind ? Could I catch each star ? Could I make you grin By knowing who you are ? What if I dispel the clouds ? I'd die to shine your day... I'm caressing your vows I stay cuz you told me to wait…

Caso do Vestido

Nossa mãe, o que é aquele vestido, naquele prego? Minhas filhas, é o vestido de uma dona que passou. Passou quando, nossa mãe? Era nossa conhecida? Minhas filhas, boca presa. Vosso pai evém chegando. Nossa mãe, esse vestido tanta renda, esse segredo! Minhas filhas, escutai palavras de minha boca. Era uma dona de longe, vosso pai enamorou-se. E ficou tão transtornado, se perdeu tanto de nós, se afastou de toda vida, se fechou, se devorou. Chorou no prato de carne, bebeu, gritou, me bateu, me deixou com vosso berço, foi para a dona de longe, mas a dona não ligou. Em vão o pai implorou, dava apólice, fazenda, dava carro, dava ouro, beberia seu sobejo, lamberia seu sapato. Mas a dona nem ligou. Então vosso pai, irado, me pediu que lhe pedisse, a essa dona tão perversa, que tivesse paciência e fosse dormir com ele... Nossa mãe, por que chorais? Nosso lenço vos cedemos. Minhas filhas, vosso pai chega ao pátio. Disfarcemos. Nossa mãe, não escutamos pisar de pé no degrau. Minhas filhas, procur

Uh !

   Cuz sometimes you say “yes”, then you come back and say “no”…    You guys think you can go away, and come back when you want to ? Fuck ya.    For all the times you made us wait, and all those lies you made us believe, we have a big “Fuck You” to give to you, and we hope you enjoy it.    My dear.. Who do you think you are for doing this to me ? You were gone, you were dead, so why the hell did you come back ? Did you think that it would be ok ? Do you think you have the right of come and go from my life when you want ?    Fine… I waited for you, during a time. I waited, I swear. But who was I waiting for ? I wasn’t sure even if I existed, how could I be sure of you ? Why would I wait for a dream to sprout from the ground and make me happy ? I gave up. Just like always.    Hurted and only I can know how much.    Anyway, you don’t care about it, do you ?    I didn’t even remembered your name. Your face. Your country, boy. I was ok. Why did you come back ? Why, if you never felt like m
Your clothes, your eyes, It's easy to find: You’re here and we both know why… I cry to the sky Cuz this beautiful instant Deserves a crazy stunt... And I mix this sweetness Along this loneliness And I get.. I get just fine.. Your way, your teeth, It's easy to see: You come closer just to discomfort me. I croon for the moon Cuz this beautiful night Deserves her beautiful smile... And I mix this sweetness Along this darkness And I get... I get alright.
   Minha condição é jovem, é de adolescente. Tenho as têmporas pressionadas, as compulsões aceleradas, os sentimentos fugazes e explosivos, o coração assustado e os pés doídos da marcha (ainda que pouca, ainda que curta). Um semblante suave que encarcera um o âmago carregado, olhos delatores e uma mudez constante. Um hábito horrendo de me impor limites e de crer… Em tudo, em todos, sempre.  E uma ânsia de chegar ao fim, que por vezes não me permite fazê-lo – invento um fim mal feito e com ele me deleito.
    Queria teus braços,  teus olhos saciaram-me.  Queria teus lábios,  teu riso contentou-me.  Queria teu amor,  tuas palavras bastaram.     Queria não, quero ! Quero, mas… Não desdenho o que posso ter e tenho. Tinha. Tenho ? Sinto falta de tudo, tudo ! Quero de volta tua voz e a trança de nossas mãos. Sinto falta de tudo…     Te quero do fundo d’alma e do peito. Quero teu bem, e tua presença. Quero teu bem, e como quero…
Can you see how much it grew ? I find myself smiling just by thinking of you, I'm anxious to get to you - it is new. Can you, could you feel it too ?

Hã ?

   Eu quis dizer um “eu te amo”. Eu quase vomitei um “eu te amo”, mas eu não te amo, então tudo bem eu ter reprimido essa vontade idiota de dizer que te amo – você não precisa ouvir que eu te amo se eu não te amo. E se eu tivesse dito que te amo ? Como eu poderia me justificar ? Que desculpa eu poderia dar ? Eu me pergunto como você reagiria e essa curiosidade quase me faz querer dizer que te amo, mesmo eu sabendo que não te amo, e que você também não me ama, obviously . Por que eu quase disse que te amo, como se isso fosse algo rotineiro, como se fosse mais do que certo e óbvio, se eu não te amo ? Por que eu tive que barrar, mais de uma vez, minha vontade de dizer que te amo ? Aliás, eu sei por que eu barrei essa vontade, eu sei: eu não te amo, mas, por que essa vontade vem ? E vem tão repentina, que eu quase nem percebo que não posso dizer, e quase digo ?

Waltz

   On a cold autumn morning, there were her deep dark eyes, surrounded in red.    Leisurely, as the gray long clouds in the hazy sky, she took her steps until me, one by one, stunted by cold. Her hands were white like the snow, her mind was white like the death. In a gangling hug, she whispered, trembling, "it was far from being a love story". She left her weight fall over my arms, and as if we were the same, I felt her tears warming my face, "it was never a love story".    She turned around and break us apart, when the sun was finally fully born. She turned to never come back again, and gave me a kiss on my hand.    As the clock was going on, and the night were coming up, a silver moon came shine above the melodys that were being born for us.    To say goodbye to someone that will just not hear, I look above and realize, it was, yes, it was a love story, that we couldn't even dream about. But it was a love story, and I'm gonna miss her. The love, and the li
   Uma lástima ? Sua ausência. Por que tão pungente ? Por que tão atroz ?    Eu não queria…  Deixar transparecer que meus dias passam como séculos (tão real, tão clichê);  que o nascer do sol já não me encoraja a levantar da cama;  que entristece-me tanto,  tanto,  sua falta;  que o sol em si não me é belo,  não é nada mais que um lugar-comum;  que tudo, que o mundo,  aliás,  não é nada além de um lugar-comum, um infindo lugar-comum, se sua presença não se faz em meus dias…    Eu não queria, mas, tanto penso, que escrevo.
Aquestas noites tan longas que Deus fez en grave día por mí, por que as non dormio e por que as non fazía no tempo que meu amigo soía falar comigo? Porque as fez Deus tan grandes non posso eu dormir, coitada, e, de como son sobejas, quisera eu outra vegada no tempo que meu amigo soía falar comigo. Porque as Deus fez tan grandes sen mesura desiguaes e as eu dormir non posso, porque as non fez ataes no tempo que meu amigo soía falar comigo?   Juião Bolseiro
Something beautiful, I wanted to write, I wanted to write for those eyes Which stoled the moon from the sky. An indecision on my mind… Could those eyes bring me a smile ? And could those eyes be real this time ? Would they let me know what they meant to say on fire? On fire, one word is enought to make me blind. Like a mute photograph, Or a book without a half, I'm missing some love stabs.. Without pain, it's way too drab.
Só e nos braços do silêncio, largo-me… Como se o asseio lhe incomodasse, Largou-me.. Estejas feliz neste estado, Meu bem. Feliz, como se a desejasse… Aquieta-se e não faz sofrer os meus Ouvidos. Não diga que ainda sentes Meus olhos, meus lábios, nos rastros teus. Esqueça-se. Aquieta-se então, não mente.
Never felt that evil this way, deep inside, I’m feeling so much, so damn high, My dear, you can’t even imagine, I bet you can’t even figure it out. While you were there and took her hand, While you were all to her own eyes, My dear, you may not know, but I understand: One day, it’s love – another, it’s lie…
   Seu âmago remete solidão, tão doce em sua essência sombria e morta, tão morta que a morte adota e a deixa abraçar seu nome.    Seus lábios, violáceos, tão gélidos que são, convulsos e afiados, delatam sem dó o timbre do tempo que passou… Atraentes como teias de aranhas.    Suas pernas compõem ardilosa trempe, lábeis porém certeiras. Seus olhos são pérfidos e resultantes de sua mente incôndita, farta de pensamentos cruéis que desabrocham em sua garganta, sempre engasgada…    Uma carranca gritante simula seus gestos em seu lugar, e isso é tudo.    Que pode haver de belo nisso ? Que pode haver pra se amar ?

No.

Words, oh, words, could destroy, And are the only ones that can save… My words are gonna hurt you, boy, To want to hear them is a mistake.
Stood awake all through the night, Remembering the warm of your eyes, Thinkin' of how many times I counted your steps, I  counted your steps. As a rose, I'm waiting for my flower, And for a rose, nothing matters more than it matters. As a rose, buried on this garden, I just stay here staring your footsteps…
I'm searching for a truly smile A smile that comes from the soul A smile worthy of a place on the sky A warm smile to break my cold I want a love surprise... Ok, maybe not a love surprise, but just a good surprise ! I wanna learn more than I can know I want to keep wanting you so I wanna friends to dance on the snow So I won't do it on my own I wanna friends to call mine And watch with them the sunrise
Celebrate, honey, celebrate, Turn on the lights, Turn on the night.. Celebrate, help Him to propagate His love, his mist, over our hate. Hold me tight, tonight And give me something to make me smile Or, just shut up, my dear, and celebrate…
I'd chew your fears until they become nothing at all, I contemplate your smile in prose and poetry. I see your eyes and it's you the one I call, I hear screams and I wake up from my epiphany... I should have entered into you, So even in death, we would meet again... I should have melted and became part of your heart and brains, So, I'd never doubt, you'd hate our distance too. I keep going through the night Trying to not think 'bout... I miss and it burns like fire, But I simply can't take it out... I myself almost don't believe I miss and it makes me so weak. But it's you that makes the best part of what I can be, So I'll never want to take you out of me..
   Aqueles olhos vítreos e penetrantes que me induzem e me fazem querer mergulhar em seu escuro recôndito, me são cruéis e cândidos, tais como os seus, tais como a vida ou sua voz, dão-me esta sensação initerruptamente…    Esta sensação… De estar sempre perdendo algo, sempre deixando algo passar… De estar buscando dentro de todos, partes de alguém, as quais eu sei que não encontrarei… De falar qualquer coisa por não poder dizer o que, de fato, desejo dizer, e morrer afogado na segurança dos pensamentos… Esta sensação que, como uma chama que o vento enfrenta, que enfraquece e fortalece, sem apagar; como um barco sobre o balouço do mar e sob a fúria de uma tormenta, não deixa de navegar… Cansa-me. Incomoda-me ? Incomoda-me. Mas… (E lá se vão reticências, reticências, reticências…) Acostumei-me a ela. Vazia me sinto, quando ela aparenta cessar.

Estrela, Estrela - Vitor Ramil

"> Estrela, estrela Como ser assim Tão só, tão só E nunca sofrer Brilhar, brilhar Quase sem querer Deixar, deixar Ser o que se é No corpo nu Da constelação Estás, estás Sobre uma das mãos E vais e vens Como um lampião Ao vento frio De um lugar qualquer É bom saber Que és parte de mim Assim como és Parte das manhãs Melhor, melhor É poder gozar Da paz, da paz Que trazes aqui Eu canto, eu canto Por poder te ver No céu, no céu Como um balão Eu canto e sei Que também me vês Aqui, aqui Com esta canção
   Pensar na noite… Em transitar em seu denso vapor, figurar as estrelas, lembrar de sua fragrância de mistério, de seu perfume de segredo e de quão gélidos são os braços do medo… Fantasiar suas feições: seus fantasmas, seus gritos, suas mortes, seus crimes, suas sombras, sua culpa, seu gelo, sua fuga, sua solitude, os corpos que ela esconde, as ruínas que ela reconstrói, as mentiras que vagam por seus asfaltos sob a luz fúnebre de sua Lua…    Pensar na noite,    Ouvir a noite ,    Traz você pra mais perto de mim…

I’ll remain…

Sorry, we couldn't find him, But, don't you cry for it: He told you he loved you, And he meant it, I'm sure. Don't cry, will be harder: Your tears will squeeze Your heart when you miss His eyes on yours. Don't cry cuz, if you do, You won't see his eyes When they return… Don't cry, hold on to His love that will never die, That will forever burns. Oh boy, though it all, He'll keep his words: He'll be the hope of the fall, He'll be the flight of the bird. Don't cry cuz he will be Yours, forever and ever… Protect your youth from you tears. Protect your sweetness from me, Cuz would you ever rather To be consumed by your fears ? Oh, your innocence Makes you believe in his absence, But don't cry, don't you cry… Step up, and soon He'll come from hell, to you. Don't cry, cuz I… Well, I will remain alone. Your teeth give you a great smile, Use it to be your home, Don't cry, cuz I, I will remain alone…
I heard the screams of the night, I heard the coming morn, I heard the knights And of theirs swords, I heard the mourn. I saw the light That was left unborn… I heard the cry Of the corpse while I saw the scorn In his deep purple eyes, In his eyes that lies lorn… I heard his rhymes… I heard it all in a tone torn.
   Sinto falta de minha alvorada, de torná-la tangível a mim, transitável por mim, de palmilhá-la e sentí-la em cada canto de sua solitude, em cada tom do seu azul. Sinto mais a falta de sua presença, a tenho quando tenho minha alvorada…    Não sei por que tal pensamento me aturdiu, eu já não imaginava ? Minha saudade surtiu bem mais cedo do que eu esperava, em dimensões agigantadas, se comparadas às usuais…
   I don’t wanna see those tears running through your face again. They tasted like iron… Maybe they were drops of blood, but, well, I can’t see the colors right now, the whole world was painted gray…    Why were you always so alone ? If I could go back time, you would never be hurt.    I took all those letters… You may don’t know which letters they are, ‘cause I never sent them… And I never will.   “I keep searching for an answer / It just ain't there…*”    I read them all, it was like turn back time and feel that all again, but weaker… Weaker, just because now, I know the truth, and now I’m not about to fall for you no more. Anyway, it’s not your fault, not even mine… The time just passed by us, and, somehow, we stood in diferent dimensions… That’s sad. I used to like to think that I was in love. And, see, I don’t ever wanna lie to you again,  I’ll never tell you I love you again.   “And I can't forget that look on her face / It looked like an angel as she died in my prayers…*
Imagem
   Uma rosa vermelha desabrochou hostil e delicada, em sua magnificente condição de rosa, com seus espinhos pungentes e suas pétalas veludosas. O orvalho sobre suas folhas tenras, fulgura sob a luz do sol, transparecendo as cores do arco-íris para os olhos que as podem ver.    Esta bonança, própria do mar, traz um sono tão agradável e corpulento, um torpor tão cheio de sonhos que chego a ansiar poder não despertar. Deleita-me este vento brando que sopra em mim ao passo que brinca moldando as ondas, tão gentil e gracioso, e com tanta doçura, como o céu, que em seu azul divino e sereno, faz-me perguntar por onde estas belezas andaram, e por qual razão regressaram… Poderiam adivinhar minha carência de encantos ? Poderiam querer compensar a noção sobre sua ausência que me tem angustiada ?    Ponho-me a fitar o brilho da reflorescência deste jardim e as belezas que a luz do sol me propicia, agora que meus olhos pararam de arder.

A Sombra

A sombra de outrem, uma porta aberta, A tão bem obumbrar-me ao ver-me inerme, A tão bem roubar-me as palavras certas, Lançando-me neste mundo solerte, Que a minha indelével face aniquila, Rapinando-me os sonhos, minhas rimas, Tão reles e imaculadas, outrora, Tão raras e tão dolentes agora… A sombra de outrem, que o Sol arrebata, Impera em terra onde tal luz faz falta. E em mim faz sua frieza nefasta, Como seu senhor, que por onde passa, Alastra perversidade e devasta. A sombra de outrem, onde vaga, abala…
Meus olhos, algo de errado Doce cinza adormecido. Sobre meus ombros, pesados Corpos secos, apodridos. Queria não ter provado, Que dói reviver passados, Sou fóssil neste mercado.
Saudade… Praxe. Perpetua teu nome em meu peito, Tão cedo. Tarde… Talvez por me sentir bem, Talvez por não me sentir bem assim Quando tua companhia encontra-se longe de mim, Calo-me por dentro E fora. Deixo tua pessoa, meu alento, Ir embora.